Morte de Giorgio Armani: dissolução e direito dos herdeiros
0
0

Morte de Giorgio Armani: dissolução e direito dos herdeiros

Kim | Jogo do Equity
2 min
0
0

Saudações, Partner!

Quando o fundador morre: o que acontece com a sociedade e os herdeiros?

A morte de Giorgio Armani (04/09/2025) reacendeu o debate sobre sucessão societária, proteção do negócio e o que você precisa prever no seu contrato.

Quando o fundador morre, a pergunta que separa empresas que continuam das que param é simples: as regras estavam escritas? No caso Armani, além do luto, o mercado discutiu sucessão: a estrutura e diretrizes de continuidade já estava desenhada desde 2016; após o falecimento, reportagens citaram instruções de venda parcial e gestão interina — um exemplo claro de planejamento prévio.

O que isso ensina:

  • Sucessão não é só herança — é governança. Sem regras, a morte do sócio pode travar decisões, bloquear contas e paralisar clientes e fornecedores.
  • Herdeiro ≠ sócio automático. No Brasil, na sociedade limitada, salvo previsão contratual, os herdeiros têm direito econômico; a substituição como sócios depende do contrato social (e do acordo entre os sócios).
  • Continuar com saúde exige papéis claros. Quem assume a administração? Quais regras de voto? Como ficam distribuição de lucros, recompra de quotas e saída organizada?

Checklist prático:

  1. Cláusula de falecimento do sócio. Defina se os herdeiros ingressam (com critérios ou ão) ou se a sociedade fará liquidação/recompra das quotas, com fórmula de preço (múltiplos + ajustes) e prazo de pagamento.
  2. Matriz de alçadas e administração interina. Nomeie quem decide D0–D90 (operacional/financeiro), com voto de qualidade para empates.
  3. Seguro + caixa para recompras. Preveja seguro de vida empresarial (key man) e/ou mecanismos para recomprar a participação sem sufocar o caixa.
  4. Acordo de sócios. Se há executivos-sócios, amarre as contribuições e comprometimento com mecanismos de vesting e estruturação de diretoria, envolvendo os herdeiros - evite disputas.
  5. Holding e testamento. Em negócios familiares, holding patrimonial + testamento simplificam a sucessão, reduzem conflitos e preservam o comando.
  6. Comunicação pós-evento. Tenha rascunho de comunicado a clientes/fornecedores/bancos e plano de continuidade (quem assina, quem fala, prazos).

Moral da história. O caso Armani mostra que continuidade nasce do contrato, não do improviso. Escreva hoje as regras de sucessão — e mantenha a sociedade funcionando amanhã.

Compre o livro O Jogo do Equity. Ele ensina a evitar problemas com sócios, criar alianças e expandir. Sem perder o controle da empresa. Acesse no link abaixo.

Link: https://chk.eduzz.com/7WX57JGO0A

Kim Ferreira de Melo.
Advogado Societário/M&A.
Autor de O Jogo do Equity.
Sócio fundador do Corplaw Advogados.